07 de junho de 2011.
*Elias Reis
Especialmente para Radialistas, Jornalistas e assessores
As preocupações de como se comportar coletivamente, as formalidades em cerimônias e mesmo etiquetas não são coisas recentes. Em seu livro “Cerimonial para Executivos”, Marina Martinez Nunes relata esses indícios históricos adaptados aos hábitos e costumes de cada época. Chineses, romanos e franceses praticavam grandes rituais em comemorações como bodas, torneios de arqueiros, funerais e banquetes, entre outros. Os chineses, no século XII a.C, escreveram três obras que são praticamente o primeiro registro sistematizado de regras de cerimonial, que traduziam um profundo sentimento ético, o respeito mútuo, a dignidade, a obediência às leis e costumes, para que a sociedade se desenvolvesse em harmonia.
Foi na Idade Média que o cerimonial ganhou muito destaque nas cortes feudais da Itália, Espanha, França e Áustria. Os austríacos elaboraram várias normas com refinados rituais para seus reis. Esses rituais passaram a ser difundidos e consagrados na maioria das cortes européias, sendo aprimorados mais tarde, nos séculos XV e XVII. Relata Marina Nunes que a questão da ordem de precedência causou alguns constrangimentos e atritos diplomáticos entre os países, pois cada nobre, cada diplomada, cada guerreiro, queria um lugar destacado juntos aos reis e aos senhores feudais. Aliás, como ainda hoje ocorre.
Conta Sara Gomes, no seu livro “Guia do Cerimonial - do trivial ao formal”, uma história curiosa que demonstra como houve avanços significativos nesta história. O artista e inventor Leonardo da Vinci, inconformado ao ver convidados limparem a boca e os talheres nas toalhas de banquete, que ficavam imundas, ou mesmo enxugarem as mãos nas roupas do vizinho ou em coelhos amarrados ao pé da cadeira, terminou inventando o guardanapo. Da Vinci cortou uma toalha de banquete em vários pedaços e distribuiu entre os convidados. No princípio os nobres não souberam utilizá-los, sentavam sobre eles, limpavam o nariz e usavam-nos para embrulhar comida para levarem para casa. A toalha, o vizinho e o coelho continuavam sujos, até que o seu invento tornou-se hábito.
No Brasil o cerimonial apareceu com mais intensidade a partir da chegada de D.João VI, rei de Portugal, de Lisboa para o Rio de Janeiro. A corte foi absorvendo os novos costumes, adaptando-os as características nacionais e o intercâmbio com outros países e até com os invasores holandeses e espanhóis, também contribuiu para a implantação das novas regras. Hoje existem regras internacionais de cerimonial e protocolo entre os países e todos os governos mantém pessoal especializado no assunto, embora algumas regiões tenham suas características próprias e os seus costumes. (Fonte: Apostila do curso).
No sul da Bahia o Jornalista e Presidente da Associação Bahiana de Imprensa, Ramiro Aquino, é o precursor nesta área, realizando através da empresa Aquino, Serviços e Promoções, mais de 80 cursos/ano em todo estado da Bahia. Abordando o conhecimento sobre organização e execução de cerimônias, comportamento, postura, etiqueta, cerimonial, protocolo, formação de mesas, dispositivos de bandeiras, decretos e leis que regem o cerimonial privado e público, papel do cerimonialista e do mestre de cerimônia, dando suporte a órgãos públicos, empresas privadas, entidades associativas, sindicatos e profissionais da área.
Um exemplo da importância do curso de cerimonial foi à recente parceria entre o Sindicato dos Radialistas de Ilhéus e Ramiro Aquino, quando da realização do 1º curso de cerimonial descomplicado acontecido em Ilhéus, em fevereiro último. Super salutar e gratificante. O curso deu suporte e conhecimento aos companheiros radialistas, a exemplo de Rita de Cássia, diretora sindical dos radialistas, assessora de imprensa e hoje, mestre de Cerimonial oficial da entidade, graças a Aquino, Serviços e Promoções.
*Elias Reis é articulista e Presidente do Sindicato dos Radialistas de Ilhéus.
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