quarta-feira, 3 de julho de 2013

Exército derruba presidente Morsi e promete transição de poder no Egito

Constituição está temporariamente suspensa e será revista, diz general.
Transição prevê novas eleições parlamentares e presidenciais, garantiu.
Do G1, em São Paulo
O chefe do exército do Egito, general Abdel Fatah al-Sisi, anunciou nesta quarta-feira (3) a deposição do presidente do país, o islamita Mohamed Morsi, por ele "não ter cumprido as expectativas" do povo. Acompanhe  cobertura em tempo real.
O general, em cadeia nacional de TV, declarou que a Constituição está suspensa temporariamente, durante um período de transição, no qual o governo será exercido por um grupo de tecnocratas.
Morsi, eleito democraticamente no ano passado, não admitiu o golpe e pediu a seus partidários e aos líderes militares que "resistam pacificamente", evitando derramamento de sangue.
Mas pelo menos 4 pessoas morreram e 10 ficaram feridas em confrontos numa cidade do norte do país, e há mais relatos de violência pelo país.
Transição
Durante a transição, a presidência fica em mãos do presidente da Corte Constitucional, disse o general, que estava ao lado de líderes militares, autoridades religiosas e figuras políticas.

O chefe da corte, Adli Mansour, deve tomar posse como presidente interino na quinta-feira.
Durante o período da interinidade, a Constituição vai ser revista por um painel, com vistas à convocação de novas eleições parlamentares e presidenciais.
O general disse que o caminho a ser seguido foi acordado com um amplo grupo político, e que será criado um plano de reconciliação nacional, com a presença de grupos jovens, que estava nas ruas desde domingo pedindo a renúncia de Morsi.
Ele afirmou que as forças de segurança iriam garantir a paz nas ruas das principais cidades do país, que estavam tomadas por manifestantes oposicionistas e também por partidários do islamita Morsi.
Festa nas ruas
A notícia da queda de Morsi foi recebida com fogos de artifício na emblemática Praça Tahrir, no Cairo, palco da revolta popular que
derrubou o ditador Hosni Mubarak em 2011, no contexto da chamada Primavera Árabe.
"O povo e o Exército estão do mesmo lado", gritaram os manifestantes na praça, em meio ao barulho das buzinas e cânticos, segundo uma testemunha ouvida pela Reuters.
Também houve carreatas em várias ruas do Cairo.

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