Brasília – A reunião entre os partidos de esquerda, centro-esquerda e progressistas (PSB, PDT, PCdoB, PV, Psol, PPS, PRB e PMN) ocorrida nesta terça-feira (3) resultou na criação de um novo bloco na Câmara, com o objetivo de rejeitar a proposta do governo para a reforma política. Os principais pontos de rejeição da proposta são o fim das coligações partidárias e a cláusula de barreira. Quem é maior
Para o líder do Bloco de Esquerda (PSB, PCdoB, PMN e PRB), deputado Márcio França (PSB-SP), os oito partidos reunidos na discussão representam uma bancada maior do que a do maior partido na Casa, que é o PMDB com 90 deputados. “Os partidos de centro-esquerda tem 107 deputados, portanto é o maior partido da Casa”, destacou, defendendo a união deles em torno de uma posição contrária a aprovação dessa reforma política.
A proposta do governo de reinaugurar a cláusula de barreira, estabelecendo 1% de percentual, abre espaço para que esse número aumente nas emendas que serão apresentadas durante a votação da matéria em Plenário. Por isso, ele defende a obstrução dos oito partidos como mecanismo de impedir a votação da proposta.
Segundo ele, a obstrução é um instrumento que funciona com grande eficácia e para isso ele alerta para a necessidade de união dos Partidos, fazendo alusão direta ao PPS, aliado do PSDB e do DEM, mas que reforça a luta contra essas medidas. O deputado Arnaldo Jardim (PPS-SP) respondeu de pronto ao líder socialista: “Estamos juntos nessa batalha.”
Já o deputado Chico Alencar, líder do Psol, demonstrou preocupação em não passar a imagem para a sociedade de que o bloco é contra a reforma política. “Precisamos deixar claro que somos contra a proposta que o governo nos apresentou e quer que a aprovemos sem discussão. A opinião pública precisa conhecer a verdade dos fatos”, ressaltou. Alencar disse também que é contra o processo de bipartidarização da política e que a cláusula de barreira tem caráter anti-democrático.
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