quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Itacaré tem mais de 20 mil negros e pardos, diz IBGE

 
Comunidade participou celebração do Dia da Consciência Negra.
Câmara de Itacaré realizou sessão especial em homenagem ao negro. 

De acordo com os Indicadores Sociais Municipais do Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Itacaré está entre os municípios brasileiros com maior número de negros e pardos, proporcionalmente. São exatas 7.150 pessoas que se declararam negras e 13.720 informaram que são pardas. O município tem 24.318 habitantes.
Itacaré também é um dos mais antigos municípios brasileiros e um dos poucos com remanescentes quilombolas na zona urbana: no bairro Porto de Trás. Na área rural são diversas comunidades quilombolas, entre as quais as do Santo Amaro, Fojô e João Rodrigues. São famílias que lutam há anos para manter viva a história de seu povo.  
A história de luta das comunidades quilombolas de Itacaré foi destacada pelo vereador por Itabuna e professor da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), o advogado Wenceslau Júnior. “O Brasil tem uma grande dívida com os negros, que foram e são fundamentais para cultura e economia desse país”.
Wenceslau lembrou que Itacaré foi um dos pontos de luta contra a perseguição dos senhores de engenho. Quem também destacou a luta da comunidade negra contra a perseguição foi o presidente do Movimento Negro Unificado de Itabuna (MNU), Francisco Estevam.

Sessão especial
Na terça-feira, 22, eles participaram na Câmara de Vereadores de Itacaré de uma sessão especial para celebrar o Dia Nacional da Consciência Negra, comemorado em 20 de novembro. “O negro ainda é muito discriminado. Seja em Itacaré ou em qualquer lugar do país”, afirmou Estevam.
O presidente da Câmara de Vereadores de Itacaré, Genivaldo Batista, contou que nos últimos anos o prefeito Antônio de Anízio que, assim como ele, é negro vem realizando diversas ações para melhorar a qualidade de vida de toda a população, com atenção especial para a comunidade negra. “São investimentos em escolas, abertura de estradas e assinatura de convênios para a eletrificação na zona rural”, observou.
Também participou da sessão especial Jorge Rasta, da Casa do Boneco. Ele afirmou que o negro precisa ser mais valorizado e que as políticas públicas no Brasil ainda são deficitárias. Outro que fez um discurso crítico foi o estudante universitário Francisco Gonçalves. Além de vereadores, a sessão contou com presença de representantes da comunidade.

Ascom Itacaréwww.itacare.ba.gov.br
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