Aproximadamente três meses depois de a imprensa regional denunciar a existência de uma lista de servidores fantasmas nomeados pelo presidente da Câmara de Ilhéus, Edvaldo Nascimento, cuja responsabilidade, após a comprovação da denúncia, recaiu sobre o seu principal assessor Águido Júnior, demitido e condenado a devolver o valor desviado, nem um centavo foi, até o momento, devolvido aos cofres públicos, segundo apurou o Jornal Bahia Online. Depois de explodir a crise, o assunto foi completamente esquecido, inclusive entre os denunciantes, mas jamais saiu da pauta do JBO que, propositadamente, deixou passar um período de 90 dias para voltar a cobrar das autoridades o cumprimento da punição. Ou será que tudo passou de um jogo de cena para esfriar a crise ocorrida em agosto até que a população esquecesse a irregularidade? O ressarcimento de 83 mil e 700 reais já deveria ter sido feito, atendendo a determinação de uma sindicância que apurou a irregularidade. Em agosto, a imprensa teve acesso a uma lista de 10 servidores nomeados pelo presidente Edvaldo Nascimento mas que, na prática, eram "laranjas" que jamais viram a cor do salário. Joel Siviriano dos Santos, José Francisco Santos, Luis Wagner Silva de Almeida, Luzima Silva Souza, Monique Souza Melo, Osvaldo Reis de Souza, Paulo Vitor de Oliveira Cunha, Regina Duarte da Silva, Sonilda Teixeira Brito e Tiago Genoveva Souza são nomes de cidadãos comuns, com vínculos familiares na cidade. Tiveram os seus nomes envolvidos, após participar de um abaixo-assinado em favor da implantação de um empreedimento de grande porte Ilhéus, à pedido da assessoria do presidente do Legislativo. No documento foi solicitado, além do nome completo, o número da identidade e do CPF, depois usados no esquema De acordo com um dos "laranjas", localizado pelo JBO, a maioria dos contatos foi realmente feita pelo assessor Águido Júnior. Mas ele não estava sozinho. Um familiar muito próximo ao presidente da Câmara esteve o tempo todo de posse da lista. Ele preferiu ficar no anonimato temendo represálias. É que mora no bairro Nossa Senhora das Vitórias, base eleitoral do presidente da Câmara. É quase vizinho do presidente. Em resumo: Dinho estava perto de tudo e de todos. Mas não sabia de absolutamente nada. Preferiu demitir o seu principal assessor e exigir que ele devolvesse o dinheiro que resultou em prejuízos aos cofres públicos. Águido só não cumpriu a punição até agora. Sumiu. Feito um... ... fantasma. Relembre toda a história. Os links estão à sua disposição logo abaixo.
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domingo, 20 de novembro de 2011
Servidor da Câmara que tinha que devolver R$ 83 mil ainda não mexeu no bolso
Postado por Jornal Bahia On Line
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