A principal crítica da oposição à gestão petista incide justamente na falta de realizações. “De tirar as propostas do papel”. Para o novo chefe da Casa Civil, em todos os governos do mundo é possível encontrar coisas que poderiam ser feitas mais rapidamente, portanto, a crítica exagerada não cabe.
Em conversa com a reportagem do Bocão News, Rui Costa, argumentou que o governador e os prefeitos tiveram que enfrentar duas crises externas duras, que refletiram diretamente na capacidade de investimentos do estado e municípios.
“Para se ter uma ideia, a redução da receita em 2010 foi de R$ 600 milhões. É a metade de todo o investimento liquido da Bahia R$ 1.2 bi”, explica. O secretário admite que a burocracia estatal também influencia a velocidade das obras públicas.
Segundo Rui Costa, a sua volta ao governo do estado – foi secretário de Relações Institucionais entre 2007 e 2010 – tem o objetivo de mobilizar as outras secretarias e facilitar os processos administrativos para o governador realizar tudo que precisa.
“Temos apenas metade do ano para acelerar as obras que dependem da relação com os municípios por conta das eleições. Em Salvador, por exemplo, a obra do metrô – da Paralela – tem que ser iniciada no primeiro semestre”, afirmou.
Na avaliação de Rui Costa, o maior legado das duas administrações de Jaques Wagner vai ser na área de infraestrutura logística. “Vamos otimizar os processo para que até o final da gestão as principais obras sejam entregues e as que não terminarem devem estar sendo tocadas”.
O deputado licenciado cita como exemplo a Ferrovia Oeste/Leste; o porto de Ilhéus e os investimentos nos de Salvador e Aratu; a estrutura nos aeroportos de Vitória da Conquista, Feira de Santana, Barreiras e Salvador; além da Ponte Salvador/Itaparica
Relações Institucionais
Questionado sobre o papel que vai desempenhar na articulação política do estado em ano eleitoral Rui Costa descarta a possibilidade de voltar a atuar na área.
De acordo com ele, compete ao secretário de Relações Institucionais (Serin) – que o substituiu – Cezar Lisboa negociar diretamente com a base aliada. “A Serin e a Casa Civil sempre terão que dialogar. Uma leva os assuntos internos para governo a outra traz as demandas externas, dos prefeitos e deputados. Portanto, precisamos sempre estar ajustando as demandas”.
O nome de Rui Costa também aparece como um dos pré-candidatos à sucessão de Jaques Wagner em 2014. No entanto, o secretário desconversa e diz que não é momento para isso.
“Eu tenho repetido que estou convencido de que este não é o momento para discutir ou especular sobre eleições de 2014”. O secretário, contudo, brinca com a situação.
“Sou torcedor do Bahia e quando o time volta do vestiário para disputar o segundo tempo como se o jogo já estivesse terminando fico desesperado”. A comparação é com o início do segundo mandado de Jaques Wagner.
Para Rui Costa, começar a falar em sucessão agora é contraproducente. “Nós poderíamos perder o foco da gestão se ficássemos discutindo 2014. Isto pode fazer com que os projetos não sejam materializados. Vamos realizar”, concluiu.
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