terça-feira, 9 de junho de 2009

Wagner garante conclusão do 1º trecho de ferrovia para 2011

Governador disse que proposta da ferrovia é dinamizar o escoamento da produção da Bahia
Governador disse que proposta da ferrovia é dinamizar o escoamento da produção da Bahia

O governador Jaques Wagner garantiu na segunda-feira, 8, durante consulta pública em Barreiras, que o primeiro trecho da Ferrovia de Integração Oeste-Leste, que vai de Ilhéus a Caetité (530 km), será concluído no primeiro semestre de 2011.

Mas ainda é uma incógnita se o complexo modal – que inclui a Ferrovia, o Porto Sul e o novo Aeroporto de Ilhéus–, estará integralmente concluído no mesmo período, conforme reza a lógica do sistema, já que, até hoje, não há projeto executivo e licença ambiental para o porto e o aeroporto. As obras entram no rol do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), sendo que o porto e o aeroporto foram anunciadas pelo presidente Lula desde 2007.

O governo do Estado, além de ter que cobrar mais agilidade da Secretaria Nacional de Portos e da Infraero, que precisam concluir as modelagens dos projetos do Porto e do Aeroporto, terá que enfrentar ainda obstáculos diversos para a Ferrovia Oeste-Leste: conseguir o licenciamento ambiental e enfrentar o que promete ser mais difícil, que é o processo de desapropriação das áreas para a construção da obra, que só na Bahia somam 1100 Km, atravessando 32 municípios.

A ferrovia, que ligará o Porto de Ilhéus a Figueirópolis no Tocantins, terá extensão total de 1490 Km, com investimento previsto de R$ 6 bilhões até a sua conclusão.

A Valec só precisa de licença ambiental prévia que deverá sair nos próximos 70 dias. Ainda este ano as obras serão iniciadas, no mais tardar em novembro, garantiu José Francisco das Neves, o presidente da empresa vinculada ao Ministério dos Transportes responsável pela execução do projeto.

Reivindicação antiga do setor produtivo, a proposta da ferrovia é dinamizar o escoamento da produção da Bahia bem como ligar a região com outros polos do país, mediante conexão com a Ferrovia Norte-Sul, também obra do PAC.

O governador Jaques Wagner, que enfrentou durante o evento manifestação e vaias de estudantes da Uneb em Barreiras (ver matéria abaixo), ressaltou em coletiva que a ferrovia vai ser um vetor de desenvolvimento inestimável. Wagner respondeu a críticas sobre falta de agilidade do Estado e o fato de a Bahia apresentar uma execução orçamentária do programa inferior a outros estados nordestinos, como Sergipe e Pernambuco.

Depende muito da área do PAC. Tem algumas áreas que estão em processo porque na verdade, até você começar a obra, tem uma demora maior. Depois que começa, aí entra em uma frequência normal. Então, a depender do setor, eu diria que a gente está em uma média nacional, apesar de que há alguns setores que eu reconheço que possa haver algum atraso, disse Wagner.

O governador avalia que o Porto Sul está adiantado. O governo estudou seis pontos na costa de Ilhéus e já definiu um deles para a instalação do empreendimento. Hoje a ideia do porto está muito mais objetivada, frisou Wagner, assinalando que um projeto dessa magnitude é complexo e não se faz da noite para o dia.

Lília de Souza, do A TARDE

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