Não vamos questionar, nem nos aprofundarmos nos métodos, artifícios ou estratégias utilizadas para que o PSDC caísse no ninho do Palácio Paranaguá, quando os seus dois vereadores Dinho Gás e Bel do Vilela estão sustentando a bandeira da oposição.
Há quem diga que sob nova direção o PSDC obrigará aos seus dois vereadores retornarem às bases governistas, sob pena de perderem os seus mandatos com base na infidelidade partidária.
Os dois vereadores têm justificado com razões plausíveis as suas insatisfações  e os motivos de terem saído da base do governo.
Como Vereadores, se corretos estiverem nas suas razões os seus posicionamentos estarão alicerçados na lei, portanto, de nada adiantará qualquer “forçação de barra” em nome da infidelidade partidária, porque eles poderão provar perante a Justiça Eleitoral a justeza dos motivos que os levaram a adotar o caminho da oposição e, legalmente, conseguirem, inclusive, se desfiliarem do PSDC, que será o único prejudicado, porque tendo elegido dois vereadores com muito sacrifício poderá perdê-los, num piscar de olhos  por incompetência.
Se, de um lado o mandato é do Partido, do outro, o titular do mandato não é obrigado a sujeitar-se aos excessos do mandatário, porque a lei é o limite.
A fidelidade é recíproca e para mantê-la sempre viva imprescinde-se de deveres e obrigações das partes envolvidas.
Na vida, como na política, quem conversa demais “dá bom dia à cavalo”. Quem fala de menos não irá a lugar nenhum. Deve-se falar o necessário, posicionar-se no exato momento que a situação permitir e buscar-se a solução para os problemas pelo caminho do diálogo, porque se assim não for, os confrontos e os conflitos não serão resolvidos e a comunidade sempre será a vítima.