Num discurso equilibrado, porém bastante crítico, o vereador ilheense Paulo Carqueija (PT) teceu, nesta quarta-feira (14), no plenário da Câmara Municipal, comentários desaprovando a conduta do governador Jaques Wagner em relação a Ilhéus. Para Carqueija, é inadmissível que o governador venha à cidade, prometa uma série de obras e não execute uma delas, sequer.
Segundo o vereador, a censura pública que está sendo feita por ele em fórum próprio, o plenário da Câmara, uma Casa eminentemente política, também é feita pela população em todas as esquinas de Ilhéus. Ele ressaltou que essa é a segunda vez que cobra, de público, a realização das obras e serviços a que Ilhéus tem direito, por ser uma das maiores cidades da Bahia.
Paulo Carqueija reconheceu que a medida que tomou pode parecer descabida, por se tratar de um governador do PT, partido ao qual é filiado, e, por isso mesmo tem liberdade para fazer a crítica sobre o mandato de Wagner em Ilhéus. “Ao contrário de outros partidos, o PT é democrático, por isso estou agindo de acordo com minha consciência e o mandato a mim outorgado pelo povo de Ilhéus”, disse.
O vereador informa ter sido ele mesmo o autor de algumas dessas reivindicações feitas a Jaques Wagner e muitas de outras teve a coragem de avalizar. Segundo ele, não se tratava de nenhum arroubo político, mostrar serviço aos seus conterrâneos, mas ser um porta-voz da comunidade que o elegeu. “E os ilheenses me elegeram para isso, pois não temos aqui a prerrogativa de executar obras, prestar serviços que envolvam despesas com os recursos públicos”, esclareceu.
Dentre as outras citadas por Carqueija como prometidas e não cumpridas pelo governador Wagner estão a conclusão do prédio do Departamento de Polícia Técnica (DPT), cujas obras estão paralisadas há anos; a reforma do prédio da Biblioteca Pública; o semianel rodoviário; a duplicação da BR-415, no trecho entre Ilhéus e Itabuna; a segunda ponte ligando o centro de Ilhéus ao bairro do Pontal; e o asfalto para recuperar as ruas da cidade. Já em relação ao Porto Sul, o vereador diz que a demora no início da construção se deveu à individualidade do governo em agir de forma solitária, desprezando os parceiros.
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