segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Bahia goleia o Colo-Colo na estreia do Baianão

Matéria do Atarde Online

Daniel Dórea l A TARDE

Luiz Tito/Agência A TARDE
O volante Leandro suou muito para segurar a velocidade dos atacantes do Colo-Colo
O volante Leandro suou muito para segurar a velocidade dos atacantes do Colo-Colo

Alguém reparou na coincidência no título? O Bahia sofre com um longo e cansativo jejum, sem vencer o Campeonato Estadual desde 2001. E foi justamente no ano da última conquista que o tricolor conseguiu, na estreia, uma goleada parecida com a deste domingo, na largada do Baianão 2010: 5 a 1 sobre o Colo-Colo, em Ilhéus. Há nove anos, o placar foi de 5 a 2 sobre o Juazeiro, mas na Fonte Nova.

Nos oito campeonatos seguintes, o tricolor começou três vezes com derrota, faturou outras três vitórias magras e houve dois empates. O massacre no sul do Estado era o que a torcida esperava para ganhar ainda mais confiança no time comandado pelo astro Renato Gaúcho, que teve os desfalques das principais contratações – o meia Rogerinho e o atacante Rodrigo Gral, que ainda não foram regularizados – e do zagueiro e capitão Nen, machucado.

No lugar do último citado, entrou o recém-contratado Vágner, que vestiu a camisa 4 e a faixa de capitão que eram para ser de Nen. O beque correspondeu e marcou os dois primeiros gols, ambos de cabeça, em jogadas ensaiadas por Renato Gaúcho. Os cruzamentos foram de Abedi e Mauricio, após cobranças de escanteio.

“Agradeço a Renato pela confiança que me deu e a Deus por ter chegado no meio da pré-temporada e já estar apto para jogar”, vibrou Vágner.

No final da primeira etapa, aos 40 minutos, o garoto Mauricio, que entrou no lugar de Rogerinho, fez o gol mais bonito da partida. Ele tabelou com Hélder e deu um toque esperto na saída do goleiro Paulo César.

“O clube tem acreditado na base, que fez o time dar a volta por cima no ano passado e está aí para quem quer ver”, valorizou Mauricio, de 19 anos.

Na etapa final, Leandro ampliou logo aos quatro minutos, concluindo de cabeça escanteio cobrado por Abedi. Aos 13, o mesmo Abedi fechou a contagem tricolor, ao aproveitar rebote de Paulo César. Romário descontou para o Tigre.

O treinador Renato Gaúcho admitiu que não esperava a goleada. “O placar foi surpreendente, mas não vamos nos iludir. Vi muitas falhas na equipe, que precisa subir de produção. A cada rodada o time vai evoluir”, garantiu o comandante. No lado do Colo-Colo, a diretoria assegurou que Edu Lima permanece como técnico.

Nesta segunda-feira, 18, na Sede de Praia, das 9 às 15 horas, começam a ser vendidos os ingressos para o jogo de quarta, em Pituaçu, contra o Vitória da Conquista. O preço da arquibancada é R$ 30 a inteira, com meia a R$ 15.

Gato na Copinha - Eliminado na segunda fase da Copa São Paulo, o Bahia teria o futuro comprometido na competição mesmo que avançasse. O goleiro Domingos, titular em todos os jogos da primeira etapa, admitiu que adulterou a identidade para atuar no torneio de categoria sub-18.

O coordenador das divisões inferiores do tricolor, Newton Mota, explica como o clube ficou sabendo do caso: “Recebemos uma carta do Barueri (adversário na 2ª fase), em que eles nos informavam que o goleiro Domingos é de 1988, e não de 91, como dizia a sua atual documentação. Isso foi pouco antes de começar a partida. Sabendo disso, chamamos o jogador no vestiário e, depois de resistir um pouco, ele acabou assumindo”, disse o dirigente. Quem atuou diante do time paulista foi o reserva Victor Hugo.

Domingos, que teve seu contrato rescindido, já havia adulterado a identidade para o ano de 88 há três anos, quando fez teste no Barueri. Na verdade, o goleiro é de 1986. Segundo ele, foi um conhecido de Sergipe que o incentivou a cometer o delito. O Código Brasileiro de Justiça Desportiva prevê punição de 180 a 720 dias para esses casos. O atleta já havia disputado a Copinha do ano passado, com a camisa do Flu de Feira.

Proposta - O Bahia pode vender o atacante Wilson Júnior, de 18 anos, para um grupo de empresários, que pretendem emprestar o atleta para o Grêmio. Foi oferecido R$ 1,25 milhão, mas o tricolor ainda avalia a possibilidade de liberar o jogador.

“Não está decidido porque não queríamos perder os direitos federativos dele”, explicou o superindente Elizeu Godoy. Segundo ele, o Bahia, que tem 80% dos direitos econômicos (antigo passe), ficaria com apenas 30%, mas quer que a promessa continue até o final da temporada. O clube também negocia o empréstimo de Douglas, Willames e Mário ao Juventus de Jaraguá do Sul.

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