domingo, 15 de agosto de 2010

Aparelho facilita o monitoramento de tumores oculares

Do portal da Clinica ONCO salvador-Ba

Câncer de retina, mais comum em crianças, é detectado por nova máquina instalada no Instituto Nacional de Câncer.
Tecnologia ainda rara no país dá uma visão detalhada do fundo do olho e mostra outros problemas nesse órgão
DENISE MENCHEN
DO RIO
O Inca (Instituto Nacional de Câncer) adquiriu um equipamento que facilita o diagnóstico e o monitoramento dos tumores oculares, importante principalmente nos casos de retinoblastoma.
Detectado tradicionalmente por meio do exame de fundo de olho, esse tipo de tumor na retina responde por entre 2% e 4% dos casos de câncer em crianças e costuma aparecer até os três anos de idade.
De acordo com o oftalmologista Evandro Lucena, do Inca, as vantagens do aparelho, batizado de RetCam 3, começam já na visualização do tumor. A imagem da retina, captada por uma câmera de alta resolução, é exibida em um monitor e pode ter cor e brilho ajustados.
"É como se antes a gente tivesse um raio-X e agora passasse a ter uma super-ressonância magnética", compara o médico.
Outra novidade é a opção de armazenar as imagens feitas durante os exames.
O retinógrafo, aparelho normalmente usado para fotografar a retina, exige que o paciente deixe a cabeça parada sobre um apoio. Essa missão é quase impossível no caso de crianças pequenas.
Esse método também não permite registrar as imagens. "O acompanhamento acaba sendo feito com base nas anotações, nos desenhos e na memória do médico", explica Mário Motta, presidente da Sociedade Brasileira de Oftalmologia e da Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo.
Com o RetCam, o médico pode gravar ou imprimir as imagens captadas pela câmera que, por ser acoplada a uma espécie de pistola, dá ao oftalmologista mais mobilidade. "O aparelho se adapta à posição em que a criança está", diz Motta.
Em São Paulo, a máquina já é usada no Hospital São Paulo, da Unifesp, que faz atendimentos pelo SUS.
TRATAMENTO
Lucena, do Inca, explica que o aparelho será importante principalmente no monitoramento da doença. Com o registro e a medição dos tumores, o profissional tem mais condições de avaliar a reposta ao tratamento.
Atualmente, a maioria dos pacientes é submetida à químio, laser ou radioterapia.
Em alguns casos, é preciso remover o olho atingido. "O retinoblastoma é agressivo e, quando há metástase, o tratamento é muito difícil", explica Lucena. Segundo ele, o mais comum é a doença evoluir para gânglios, sistema nervoso central e ossos.
O sinal mais característico da doença é uma mancha esbranquiçada no olho, visível principalmente em fotografias tiradas com flash.

Fonte: Folha de S. Paulo/SP: 09/08/2010

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