Postado por Ricardo Noblat
Gerson Camarotti, O Globo
Apesar do forte constrangimento provocado no Palácio do Planalto pela entrevista dada ao GLOBO pelo ministro das Cidades, Mário Negromonte (PP) , a presidente Dilma Rousseff decidiu mantê-lo no cargo. Ele só foi poupado e ganhou uma sobrevida após sair a campo para se viabilizar no seu partido. Nesta quarta-feira à tarde, Negromonte foi ao Planalto anunciar que conseguira a unidade da bancada pela sua permanência.
De manhã, Negromonte havia sido avisado pelo ministro Gilberto Carvalho (Secretaria Geral da Presidência) de que havia preocupação no Planalto com o tom de suas declarações. Na entrevista, Negromonte foi para o ataque e alertou o partido das consequências do racha na bancada. Disse que "em briga de família, irmão mata irmão e morre todo mundo". E que deputados do PP tinham "ficha corrida".
Por telefone, Carvalho disse que era importante que Negromonte reunificasse o PP. Carvalho lembrou que o "Brasil é presidencialista, e não parlamentarista". E que, nesse caso, os partidos não tinham autonomia para tirar os ministros do governo quando bem entendessem. Segundo interlocutores da presidente, a grande preocupação dela seria ficar refém das disputas internas das bancadas.
Por isso, Dilma manteve Negromonte, como uma tentativa de impor limite às brigas entre facções internas dos partidos. O mesmo recado serviu para frear a rebelião da bancada peemedebista para substituir o ministro do Turismo, Pedro Novais.
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