sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Osvaldo Barreto, secretário estadual de Educação da Bahia

Do Jornal Bahia Online

A intransigente defesa do ensino público é uma missão permanente do secretário estadual de Educação da Bahia, Osvaldo Barreto. Para ele chega a ser preconceituosa e racista toda e qualquer afirmação de que a violência e o tráfico de drogas entre os jovens baianos se dão, na essência, entre aqueles que freqüentam a escola pública.

“Achar isso é o fim”, resume o professor, que nesta entrevista exclusiva ao Jornal Bahia Online, anunciou um novo concurso público e uma nova seleção do Reda para professores na Bahia e falou sobre o que considera os principais avanços obtidos por sua pasta. A entrevista é sincera. Barreto não fugiu de nenhuma das perguntas elaboradas por nossos repórteres.
Chegou a afirmar que noutras épocas, as suas épocas escolares, chegou a trocar tapas com colegas, situação nem tão incomum entre os jovens brasileiros. A diferença, no entanto, segundo ele, é que aquilo acabava ali mesmo. “Hoje você tem uma sociedade com mais casos de violência e uma briga na escola se transforma em casos de violência fora da escola”, lamenta.

A seguir, um raio x da educação da Bahia, na visão do secretário Osvaldo Barreto.
Acompanhe.

O MEC acaba de criar o Enem para os professores. Quer avaliar a capacidade dos educadores brasileiros. Sabemos que a Bahia é um dos estados brasileiros com problemas na educação acumulados ao longo dos anos. Como o senhor vê esta nova forma de avaliar os professores que, por tradição, apenas sabem avaliar os seus próprios alunos?
A avaliação é parte inerente do sistema de educação. A avaliação é um direito que aprimora o sistema de educação visando aquilo que é para mim o básico do sistema: fazer com que haja aprendizado. O que você chama de Enem dos educadores será um sistema voluntário, ou seja, não é obrigatório para os professores, que visa, certamente, ajudar no processo de preparação da categoria. O Enem nada mais é que uma forma de diálogo entre o ensino básico e o ensino superior. É a ponte. Você não tem uma interrupção de procedimento.

O senhor acha que os professores se sentirão confortáveis em passar por uma avaliação dessas?
Toda avaliação é polêmica. Até na vida nossa não gostamos de ser avaliados. Veja que um filho critica a gente e a gente começa a avaliar sobre o que ele disse. Esse conflito de gerações é um conflito altamente produtivo e a avaliação dela, muitas vezes, traumática. O professor vai entender que ele participar da avaliação não lhe trará nenhum prejuízo. O Enem não tem sentido punitivo ao professor. Propõe, através da avaliação, criar mecanismos que possam ajudar a escola e a rede do ensino básico.

A Bahia é um dos estados brasileiros recordistas em professores leigos. Como avaliar com justiça quem nunca se preparou de verdade para isso?

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