Uma comissão formada por promotores, defensores públicos e representantes da OAB em Vitória da Conquista, sudoeste da Bahia, fizeram ontem (2) uma denúncia formal à polícia da possível atuação de policiais militares num grupo de extermínio.
Ontem, os membros da comissão se reuniram com o delegado Odilson Silva, coordenador da 10ª Coordenadoria do interior, para tratar dos sequestros seguidos de mortes que ocorreram desde o assassinato do PM Marcelo Márcio Lima da Silva - ocorrido quinta-feira passada.
Desde sexta-feira, houve cinco mortes e quatro jovens estão desaparecidos. Todas as vítimas - que segundo a polícia integravam o bando de “Jararaca”, apontado como responsável pela execução do PM - foram retiradas de casa por grupos de homens armados.
Segundo testemunhas, alguns usavam máscaras “brucutu” e outros chegaram em carros do 9º Batalhão da Polícia Militar e da Companhia Ações Especiais no Sudoeste e Gerais. “Os policiais de plantão nos dias dos crimes serão submetidos a reconhecimento”, disse Odilson Silva.
Na noite de segunda, “Jararaca”, 17 anos, se apresentou à polícia e pediu proteção ao Mistério Público. Ele nega envolvimento na morte do PM. O jovem será encaminhado à Casa de Acolhimento ao Menor (CAM), em Salvador. “Ele responde a três processos por homicídio”, disse o promotor da Infância e Juventude, Marcos Coelho.
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