sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Setor privado poderá participar de melhoria da gestão pública

A Câmara analisa o Projeto de Lei 6537/09, do deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), que permite a realização de parcerias entre o setor público e a iniciativa privada para melhorar a gestão pública no País. Segundo o texto, as empresas que investirem em projetos de melhoria e modernização da gestão pública terão dedução do Imposto de Renda.

A proposta institui o Programa de Incentivo à Modernização da Gestão Pública, para captar recursos e aplicá-los em projetos de profissionalização da burocracia, de gestão da informação e de desenvolvimento institucional, entre outros.

Também está prevista, entre diversas atividades, a capacitação dos servidores públicos para desenvolvimento de competências específicas e a instalação de cursos para especialização e aperfeiçoamento desses servidores.

Dedução
O projeto prevê ainda a criação de mecanismos para que as empresas contribuintes deduzam do IR a quantia efetivamente despendida nos projetos na forma de patrocínio ou doação. Os limites da dedução serão definidos em regulamento posterior.

Segundo a proposta, o Comitê Executivo do Programa de Incentivo à Modernização da Gestão Pública definirá as regras para escolha dos órgãos e projetos a serem contemplados. Os dados das empresas que demonstrarem interesse em apoiar os projetos selecionados serão divulgados na internet.

Pessoa ou instituição vinculada a outra já patrocinadora ou doadora não poderá participar do programa. Incluem-se nessa situação os cônjuges e os sócios, por exemplo.

Competitividade
Beto Albuquerque afirma que uma boa gestão pública é essencial para a manutenção da competitividade da economia brasileira, o que justifica a participação de organizações privadas em sua modernização. Ele lembra que muitas empresas, inclusive, já atuam nessa melhoria, disponibilizando ao governo seus conhecimentos sobre técnicas de gestão.

O problema, na opinião de Beto Albuquerque, é quem nem sempre essas empresas são devidamente incentivadas pelo Estado. "Enquanto o setor privado tem demonstrado interesse em colaborar, o Estado fornece acesso restrito a essa participação", diz.

Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Agência Câmara

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