Moysés Suzart l A TARDE
Contra o Feirense, nesta quarta-feira, 3, em Pituaçu, o comandante espera que não se repita o mesmo primeiro tempo sem graça que o Leão tem mostrado na competição. “Tudo tem um limite. Acredito fielmente no grupo, mas estou quase sempre saindo para o intervalo de cabeça quente e dando bronca na turma”, disse Ricardo Silva.
O técnico tem toda razão pela explosão e falta de paciência. Basta olhar os jogos anteriores do Leão para constatar que o Vitória só acorda nos 45 minutos finais. Quem aproveita é o adversário. No Baianão, o time de Ricardo Silva levou cinco gols, sendo quatro na primeira etapa. O único gol sofrido após o descanso foi na derrota diante do Itabuna, por 1 a 0.
Para o torcedor do Vitória, gritar gol é mais comum na etapa complementar. Dos tentos a favor, 60% foram no segundo tempo. “Com um primeiro tempo ruim, acabamos buscando o prejuízo do primeiro tempo, como foi contra o Fluminense. Não jogamos tão bem no segundo tempo, mas se a postura fosse a mesma no começo, poderíamos ter vencido”, pregou o treinador Ricardo Silva.
Se os jogos do Leão fossem decididos no primeiro tempo, os dez pontos conquistados no Grupo 1 seriam reduzidos a seis e, consequentemente, o representante da capital estaria fora da zona de classificação à próxima etapa.
Para o volante Vanderson, decidir os jogos no segundo tempo prejudica até a saúde do atleta. “Não podemos deixar para fazer tudo no segundo tempo. Contra o Fluminense perdi mais peso do que em qualquer outro jogo. Correndo atrás do prejuízo, sai da partida com 3,4 quilos a menos. Também chega de levar bronca no intervalo”.
Barradão - Mais um mês vai separar o torcedor do seu templo, o Barradão. O gramado do estádio agora precisa apenas fixar de vez no solo para voltar a abrigar os jogos do Vitória. “Agora é água, sol e chuva, se possível. É aguardar que estes elementos finalizem a reforma”, disse o responsável pelo estádio, Haroldo Tavares.
Se as forças da natureza ajudarem, a data para o retorno é no dia 3 de março, diante do Itabuna, pela penúltima rodada da primeira fase. Caso não seja possível neste dia, o Manoel Barradas só será reativado na fase seguinte da competição, “com a classificação do Vitória, claro”, disse Haroldo.
Em março também a diretoria pretende finalizar a pintura das dependências, além do novo acesso para os visitantes. Porém, estas obras podem ser feitas paralelamente e não atrapalham a programação das partidas, segundo a diretoria.
Desfalques - A bruxa está solta no elenco rubro-negro. Depois dos cortes de Anderson Martins de Egídio, ambos machucados, o lateral-direito Nino Paraíba corre um sério risco de não atuar logo mais diante do Feirense. O atleta levou uma pancada no pé na rodada passada e ainda é dúvida na posição.
Difícil agora é saber quem entra no lugar de Nino. Sem opções para substituição, Ricardo deverá fazer mais uma improvisação. No lado canhoto, permanece Rafael Granja, enquanto Arthur Maia entra no setor destro do Vitória. Wallace também sentiu o joelho, mas este não preocupa, segundo o médico Ivan Carillo. Na frente, Elkeson não convenceu. Neto Berola e Adaílton entram na briga para atuar com Schwenck.
VITÓRIA X FEIRENSE
Vitória - Viáfara, Nino (Arthur Maia), Wallace, Anderson Martins e Rafael Granja; Vanderson, Uelliton, Bida e Ramon Menezes; Neto Berola (Adaílton) e Schwenck. Técnico: Ricardo Silva.
Feirense - Tigre, Edmar, Tom, Silvio, Sandro, Germinio (Carlos), Fábio Santos, Flávio e Marcos Neves, Jamaica (Fernando) e Ricardinho. Técnico: Zanata.
Local: Pituaçu, em Salvador, às 20h30.
Árbitro: Arilson Bispo da Anunciação.
Assistentes: Kleber Moradillo da Silva e Elicarlos Franco de Oliveira.
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